Mombojó lança disco em homenagem a Alceu Valença

 Na sexta-feira (26), chega às plataformas digitais Carne de caju, novo disco de Mombojó, dedicado à obra de Alceu Valença. Mais especificamente, o álbum reúne, além de sucessos óbvios, algumas faixas menos conhecidas do célebre cantor e compositor. O show de lançamento será dia 4 de fevereiro, às 21h, na Praça do Arsenal, no Recife Antigo, de graça. 

No mesmo dia, às 16h20, estreia o clipe de Romance da bela Inês, cantada excepcionalmente por Marcelo Machado, o guitarrista da banda. Lançada originalmente por Alceu em 1987, no LP Leque Moleque”, e agora revista pelo quinteto, é a faixa que puxa o disco.

Capa do novo disco, com arte de Rafael Olinto.

O trabalho conta com dois singles já lançados: Estação da luz (1985), que chegou em novembro, já anunciando o calor do verão, e Amor que vai (1994), que veio a galope num cavalo chamado Brisa, no mês de dezembro. Além do exercício muito enriquecedor para os cinco músicos em rever e mergulhar num repertório não criado por eles, Carne de caju abre oportunidades para a criação de um show especial para a época do Carnaval.

Completam o repertório Chuva de cajus (1985), cuja letra não faz qualquer referência à deliciosa carne do fruto; Como dois animais (1982), em que o grupo busca desvendar todo o mistério e o segredo dessa divina canção; Olinda (1985), uma declaração de amor à mulher que leva o nome da cidade mais adorada de Pernambuco; Sino de ouro, reluzindo e tomando de assalto a poesia multifacetada do homenageado; e Tomara, imortalizada na trilha sonora da novela Pedra sobre pedra, um dos grandes sucessos do horário nobre da Rede Globo. 

“Visitar o trabalho de Alceu é mergulhar nas raízes profundas de nossa herança musical. A maior parte das músicas dele que gravamos surgiu nos anos 1980, época em que a maioria de nós nasceu. Eram as canções que nossos pais ouviam quando éramos crianças”, conta Felipe S, vocalista e compositor do grupo.

Este é o sétimo disco de estúdio da banda, sendo o primeiro não autoral em mais de 20 anos de carreira. Embora os grupos surgidos com o manguebeat (e os que vieram depois) sempre tenham tentado ignorar, a influência da música de Alceu Valença e de seus pares sempre foi inescapável. A prova está na redescoberta e nas regravações dessas oito canções de sua vasta obra. “Sentimos que essas composições se adaptariam bem ao nosso jeito de tocar e principalmente porque adoramos esse repertório”, explica o vocalista.

Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *